Ransomware no Brasil: país é o 4° maior do mundo em extorsões de dados

O ransomware no Brasil não é novidade. Segundo a empresa de segurança cibernética Fortinet, de janeiro a junho de 2022, foram 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos.

Os dados ainda mostram que o Brasil é o 2° país mais visado da América Latina, graças a este crescimento de 94% com relação ao ano passado em ciberataques. O Brasil fica atrás apenas do México, com 85 bilhões, e é seguido pela Colômbia, com 6,3 bilhões, e Peru com 5,2 bilhões.

Porém, quando se trata do cenário mundial, os dados sobre o ransomware no Brasil são ainda mais preocupantes. De acordo com o Relatório Fast Facts, divulgado pela empresa de cibersegurança Trend Micro, o Brasil é o 4° país com maior registro de casos de ransomware.

Ransomware no Brasil: Dados da Trend Micro

Conforme a pesquisa, o Brasil sofreu mais de 8 milhões de casos efetivos de ransomware no primeiro semestre de 2022. No ranking, o Brasil ficou atrás apenas de Taiwan, Japão e Estados Unidos. Os EUA lideram a lista com 21% de todos os casos mundiais.

A pesquisa faz um recorte dentre os cibercrimes, focando nos casos de ransomware. Ou seja, em casos onde os cibercriminosos atacam dispositivos, bloqueiam a tela ou criptografam dados da vítima, para depois pedirem dinheiro como resgate de dados.

Nesse sentido, o setor mais afetado foi o governamental, que registrou 3,8 milhões de casos de ransomware. Os setores de educação, indústria, seguros e saúde também fazem parte da lista dos mais visados pelos cibercriminosos.

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Além disso, o relatório também apresenta a tendência de alta nos ciberataques e suas oscilações durante o primeiro semestre. Conforme observado até março, os ataques começaram a oscilar a partir de abril.

Uma nova alta de ransomware no Brasil aconteceu em maio, e caiu novamente em junho, quando foram detectadas mais de 11,4 bilhões de ameaças.  A maioria (7,8 bilhões) aconteceram via e-mail, representando 68% das ameaças.

Líder também em extorsão e sexting

Além do ransomware no Brasil colocar o país entre o top 5 do mundo, o ranking de ameaças de extorsão por email é ainda mais chocante. Atualmente, o Brasil é líder em divulgação de conteúdo íntimo, levando em consideração os endereços de IP únicos. O segundo lugar ficou para os Estados Unidos, e o terceiro para a Índia.

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Quando o recorte é apenas sobre ataques por e-mail, não necessariamente incluindo conteúdo íntimo, o Brasil não aparece no top 5. Para esse tipo de ataque, Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Rússia despontaram como os 5 principais.

Como reverter a alta de ransomware no Brasil?

De acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil vem avançando no ranking mundial de cibersegurança, passando da 71ª posição para a 18ª posição entre 194 países analisados pelo levantamento, enquanto nas Américas ocupa a 3ª colocação.

Talvez você se pergunte: “Como é possível estarmos entre os mais atacados se o país avançou tanto em cibersegurança?”. Bom, embora o Brasil tenha conquistado um resultado animador, os especialistas lembram da necessidade de investir na segurança digital. Só assim será possível fechar lacunas que podem ser exploradas por hackers.

Conforme alerta Bruno Telles, COO da BugHunt: “Os dados da UIT são relevantes, mas somente conseguiremos nos tornar referência nos quesitos de proteção se os gestores incluírem a temática em seus planejamentos estratégicos. Aqueles que não o fizerem por bem, infelizmente correm um grande risco de passar por incidentes que acabarão por obrigá-los a se atentar ao assunto da pior forma”.

Porém, para atingir essa transformação digital e cultural, é precioso começar agora. Neste caso, é essencial escolher um parceiro especialista em infraestrutura de TI, que ficará responsável pela execução de toda a estratégia, que é rápida e não impacta a rotina da organização.   

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