No mundo digital atual, onde a tecnologia é fundamental para quase todas as operações empresariais,…
Conheça as melhores práticas da virtualização de servidores
Já faz tempo que a virtualização de servidores deixou de ser uma tecnologia usada apenas em laboratórios de testes, assim como não se trata mais de uma tendência no universo corporativo de TI. Cedo ou tarde, todas as empresas que dependem da tecnologia deverão adotá-la.
No entanto, antes de resolver nadar de braçada e começar a explorar as suas vantagens, é preciso entender que o crescimento da virtualização aconteceu desordenadamente, sem a aplicação de métodos, orientações e práticas para evitar a ocorrência de problemas.
Contudo, para que a sua empresa faça a implementação corretamente, falaremos sobre 7 das melhores práticas de virtualização, relevantes para o sucesso da sua estratégia. Preparado? Vamos começar!
1. Saiba quais as vantagens e desvantagens da virtualização de servidores
Caso não se recorde ou não saiba o que é a virtualização de servidores, não se preocupe! Veja abaixo uma breve definição:
“Quando uma empresa necessita de novos servidores para suportar diferentes processos de negócios, a virtualização surge como alternativa para dispensar a aquisição de outros servidores físicos, permitindo que os sistemas sejam instalados em um mesmo servidor.”
Certamente, você já notou alguns benefícios mais explícitos da estratégia, sobretudo no que diz respeito a redução de custos e maior aproveitamento da capacidade do computador físico.
Analisando o outro lado da moeda — as desvantagens —, é imprescindível que o responsável pela virtualização (o administrador) esteja ciente das limitações na questão do consumo de recursos da CPU — disco rígido, memória RAM e processador.
Onde queremos chegar com isso? Simplesmente, alertamos que a virtualização não pode ser considerada uma solução para tudo nos negócios.
Antes de migrar os sistemas físicos ou criar novos servidores virtuais, destinados a processos específicos, certifique-se de que a máquina possa comportar a nova carga sem que os requisitos de armazenamento, backup, failover e recuperação sejam ignorados.
2. Elabore um cronograma de backup a ser seguido
Já que tocamos na questão do backup, vale ressaltar que existem diferentes modos de exercer a tarefa em máquinas virtuais (virtual machine, do inglês — VM): optando pelo backup integral — ou seja, da VM como um todo — ou somente dos dados contidos na VM.
Logicamente, o processo de backup integral demanda muito tempo e espaço de disco rígido, além de não oferecer soluções ágeis de recuperação; enquanto o backup feito exclusivamente dos dados é consideravelmente mais rápido, requer menos espaço e a recuperação é simples (também mais confiável).
Outra questão é a frequência com que o backup é executado. O servidor virtualizado não está imune a falhas e, dependendo da criticidade dos dados, é importante realizar o processo diariamente — um programa de automatização pode ser bem-vindo.
3. Faça o monitoramento da performance do banco de dados
Monitorar o tempo de resposta do servidor de BD, antes e depois da virtualização, é uma prática que visa analisar se o desempenho foi mantido, melhorado ou piorado. Em outras palavras, verificar se a migração do físico para o virtual causou algum impacto.
Caso o servidor de banco de dados não funcione de modo satisfatório, decerto o administrador identificará a solução nos registros da análise feita antes da migração — daí a importância das duas etapas de monitoramento.
4. Estimule as equipes a trabalharem em conjunto
Um departamento de TI costuma ser formado por mais de um grupo — desenvolvedores, administradores, analistas, banco de dados etc. Com isso, é quase inevitável que se crie um ambiente desfavorável, em que nenhuma equipe assuma a responsabilidades pelos erros.
A solução para isso é criar métricas compartilhadas, estimulando as equipes a trabalharem unidas e focadas no mesmo objetivo.
Uma boa dica é usar dashboard — painel que pode ser acessado por meio de browsers —, tornando o andamento das metas acessível a todos os envolvidos.
5. Reserve parte dos recursos de hardware para casos de desastre
Como já dissemos, a virtualização de servidores está diretamente ligada aos recursos de hardware, ou seja, uma VM depende diretamente das boas condições da máquina física — que está sujeita a sofrer problemas nos seus componentes.
Levando-se em conta que desastres podem ocorrer a qualquer instante, o sistema precisará de recursos para garantir a disponibilidade dos servidores. A recomendação é que sejam reservados de 30% a 40% dos recursos.
6. Verifique a compatibilidade entre hardware e software que pretende virtualizar
Elementos como software de virtualização e os servidores (virtual e físico) devem ser plenamente compatíveis com o sistema que se pretende instalar. Essa prática merece atenção, porque existem pacotes de virtualização desenvolvidos para emular um conjunto padrão de hardware, independentemente dos requisitos da CPU do servidor físico.
Mas por que isso acontece? Para que o administrador já tenha um pacote de software com uma configuração padrão para cada VM, promovendo uma boa economia de tempo e simplificação no gerenciamento das versões dos drivers do ambiente virtual.
7. Torne as máquinas virtuais fáceis de serem identificadas
No ambiente de virtualização de servidores, é comum haver diversas VMs relativamente similares, visto que muitas delas são criadas para processos parecidos.
Quando as VMs são nomeadas sem qualquer senso de organização, as portas para a confusão e perda de acesso são destrancadas, bastando uma pequena distração para que sejam definitivamente abertas.
Como as VMs podem ser facilmente movidas de um host para outro, de certa forma isso representa um perigo, ao menos enquanto não houver padrão de identificação que denote as funções de cada servidor, os recursos que sustentam e quem está autorizado a acessá-los.
Nesse caso, é elementar que a tarefa de padronizar a identificação das VMs deve ser direcionada ao administrador de virtualização. Este é o colaborador responsável por criar e gerenciar os servidores virtuais, portanto, estabelecer com ele uma relação de confiança faz toda a diferença.
Saiba se sua empresa está pronta para aplicar as melhores práticas
Seguir as práticas recomendadas para a virtualização é uma ação que apresentará significativas mudanças no ambiente de trabalho, principalmente em termos de organização. Por um lado, isso pode significar que um bom preparo, por parte dos empregados e da infraestrutura, seja necessário.
Portanto, planeje as suas ações com cuidado e mantenha a sua equipe inteirada sobre as novas práticas que serão adotadas para a virtualização de servidores, de modo que o processo não tenha seu início marcado por erros.
No mais, esperamos que o conteúdo tenha sido útil e que boa parte de suas dúvidas tenham sido respondidas. Para receber mais conteúdos como este gratuitamente por e-mail, basta fazer a sua inscrição no fim da página!