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Tendências para 2022: implantação do 5G standalone
O 5G Standalone promete ser uma conexão de internet móvel mais rápida, ágil e econômica. Muito aguardado para ser usado em áreas como a de transportes e a telemedicina, o 5G é uma das tendências mais aguardadas de tecnologia.
Este artigo fala sobre uma das 10 tendências do mercado brasileiro de TI e Telecom para 2022. A lista completa foi criada pela IDC Brasil, e aqui no blog da AMTI você confere detalhes sobre cada tema. Acompanhe para saber das principais iniciativas estratégicas que direcionarão os gastos de TI em 2022!
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O que é o 5G Standalone?
Também chamado de “5G Puro”, o 5G Standalone (AS) é a versão da rede 5G que funciona sem o suporte da rede 4G. Por isso “standalone”, que podemos interpretar como “o que fica de pé sozinho”. Assim, podemos afirmar que o 5G AS é a versão mais madura do padrão definido pelo 3GPP.
“Uma rede 5G não-standalone permite a disponibilização mais rápida do 5G, já que o que acontece é a reutilização da rede de core 4G. Em uma arquitetura 5G de tipo standalone, não há dependência alguma do 4G“, explicou o diretor de soluções da Nokia para América Latina, Wilson Cardoso.
A infraestrutura de uma rede 5G pode ser dividida em suas partes principais: o núcleo ou rede principal (core network – CN), e a rede de acesso por rádio (RAN). Tanto o 4G quanto o 5G são estruturados dessa forma.
Então, falando de um modo técnico, uma arquitetura Standalone (SA) significa que há uma única RAN independente conectada a uma CN EPC ou 5GC.
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Presente em apenas 5 países
Apesar de fazer parte do padrão exigido no edital aprovado pelo conselho diretor da Anatel, o 5G standalone ainda tem muito o que expandir em outros países. A tecnologia, que exige um core de rede 5G (no não standalone, o core pode ser de 4G), está atualmente presente em apenas cinco países, segundo relatório da associação de fornecedores móveis globais (GSA).
Conforme a entidade, foram identificadas 68 operadoras nesses 38 países investindo no 5G standalone para redes públicas. Porém, isso inclui todo o escopo entre testes, projetos, pagamento de licenças, implantação e operação propriamente dita. Até o momento do relatório, o Brasil ainda não havia sido considerado nesta lista.
Das redes 5G SA que realmente foram lançadas comercialmente, a GSA contabilizou apenas sete, das quais quatro são de empresas chinesas:
- China Mobile
- China Telecom
- China Unicom
- China Mobile Hong Kong
- T-Mobile (com 600 MHz)
- RAIN (África do Sul, com FWA e apenas em “partes de Cape Town”)
- DirecTV (Colômbia, em FWA em Bogotá)
Além disso, também existem redes standalone na Arábia Saudita, ainda na fase “soft launch”. Enquanto isso, na Austrália, a Telstra implantou um core de rede 5G em preparação para o SA “uma vez que a quantidade de dispositivos compatíveis seja suficiente no mercado australiano”, segundo a GSA, citando outras 13 operadoras que estariam “ativamente implantando” o padrão. O estudo não inclui o Brasil entre os países que estariam investindo nesse padrão.
O VP de pesquisa da GSA, Simon Sherrington, não citou os planos da Anatel no Brasil, mas explicou que a presença maior na China se deve justamente a políticas de cobertura que obrigavam o padrão standalone. “Por isso está havendo um movimento tão agressivo na China”, destaca.
O leilão do 5G standalone no Brasil
Anteriormente, em novembro de 2021, a Anatel concluiu o leilão para a exploração e oferta de internet 5G no Brasil. Segundo o ministro das comunicações, Fabio Faria, o valor total do leilão rendeu R$ 46,790 bilhões.
O leilão funcionou por lotes de frequência, divididos por regiões do país. Dentre as empresas que venceram lotes, estão: Claro, Tim, Vivo, Sercomtel, Brisanet, Conexão 5G Sul, Cloud2You e Algar Telecom.
“A definição do espectro, o formato de comercialização das licenças e a concorrência obtida nos leilões evidenciam o protagonismo do Brasil na América Latina. Em relação a América Latina, vamos largar na frente tanto nas regras do jogo quanto na conversão de receita, o que nos coloca como protagonistas na oferta de 5G na região”, explica Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria de telecomunicações da IDC Brasil.
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Tim propõe diferentes preços
Agora, após os lotes arrematados pela TIM, os executivos informaram que pretendem utilizar dois preços diferentes para os planos 5G. Ou seja, para a operadora de telefonia, é importante precificar de forma diferente o 5G DSS e o 5G Standalone, pois o usuário irá utilizá-lo de formas diferentes.
Nesse sentido, a implantação do 5G no Brasil feita pelas empresas vencedoras do leilão irá iniciar pelas capitais e maiores áreas metropolitanas do país. Atualmente, Pietro Labriola, CEO da TIM, não forneceu maiores detalhes sobre qual será a estratégia de cobertura adotada pela empresa.
“Ter o 5G DSS, uma antena em cada cidade, é diferente de colocar 5g sa. O valor é outro. Dá pra ter o mesmo preço? Não vamos abrir a estratégia, mas o mundo funciona com diferentes níveis de serviço”, afirma o CEO.eiramente nas capitais brasileiras
Assim, os executivos da TIM relatam que com o avanço da cobertura, a tecnologia irá permitir combinar funcionalidades e construir planos tarifários que se adequem as necessidades do consumidor. Para a operadora, diferenciar o plano 5G Standalone e 5G DSS permite a precificação condizente com a realidade do usuário.
Frequências diferentes
Além disso, a TIM também informou que vai utilizar de forma diferente cada frequência arrematada no leilão realizado pela Anatel. Desse modo, a faixa de 2,3GHz será usada para complementar a transmissão de dados da rede 4G, principalmente nas regiões do Sudeste e Sul, onde a presença da empresa é maior. Enquanto isso, a faixa de 26GHz será utilizada para os serviços em 5G.
Já os 100MHz arrematados da frequência de 3,5GHz são a grande aposta da TIM. Portanto, no médio prazo a empresa espera realizar investimentos pesados na frequência para oferecer aos consumidores os serviços mais velozes.
Futuro do 5G Standalone
Ainda que a expectativa de novos casos de uso e modelos de negócios 5G seja grande, a realidade se aproximará mais rapidamente à medida que as operadoras possam concretizar oportunidades reais de monetização 5G para justificar seus investimentos.
Nesse meio tempo, já existem empresas focadas nas possibilidades de evolução das redes 5G. É o caso da Amdocs, que trabalha com o 5G Open Innovation Lab para investir no desenvolvimento da rede. Dessa forma, a Amdocs espera contribuir para o uso do 5G Standalone em carros autônomos, conectividade rural, resiliência alimentar e outras aplicações empresariais.
Definitivamente, as vantagens da alta capacidade de banda (velocidade) e elevada densidade de conexões removerá barreiras. Logo, o 5G Standalone permitirá o desenvolvimento de vários elos do ecossistema de tecnologia, como devices, cloud, vendors, operadoras, desenvolvedores de software e clientes, que darão protagonismo aos use cases.
Como resultado, até 2025, o 5G deve movimentar no Brasil cerca de US$ 25,5 bilhões, impulsionando a maior adoção de tecnologias como inteligência artificial, Big Data & Analytics, Cloud, segurança, AR/VR, Robotics e IoT.
Conheça mais sobre tendências tecnológicas acompanhando o blog da AMTI!
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