No mundo digital atual, onde a tecnologia é fundamental para quase todas as operações empresariais,…
Onshore ou Offshore: para onde levar serviços de T.I. na nuvem?
Onshore ou offshore? Certamente você já deve ter se deparado com esta dúvida quando se trata de contratar serviços terceirizados de T.I., na modalidade de computação na nuvem (cloud computing).
Neste post, vamos traçar um comparativo entre estas duas formas de utilização da infraestrutura tecnológica. Você verá em detalhes o que é onshore e o que é offshore e também entenderá quais são os principais benefícios de cada uma destas modalidades. Continue lendo para entender!
Entenda o conceito de onshore ou offshore
A base da dúvida entre optar por uma T.I. na nuvem onshore ou offshore é o outsourcing, ou seja, a terceirização. Significa que a empresa está transferindo seus serviços de tecnologia para um provedor de serviços de nuvem, e pode optar entre os modelos onshore e offshore.
O outsourcing de T.I. vem ganhando força, especialmente com a popularização da computação em nuvem. Em 2013, ano em que a nuvem começa a ser introduzida no Brasil, de acordo com a IDC, os serviços terceirizados de tecnologia já movimentavam R$ 12 bilhões.
A seguir, veja uma explicação dos dois modelos de terceirização de serviços de T.I. na nuvem para começar a entender a diferença entre eles:
Onshore
Quando falamos em onshore, estamos nos referindo à obtenção de serviços de um fornecedor externo, mas que está dentro do mesmo país. Este formato de outsourcing também é conhecido como terceirização doméstica ou terceirização near-shore.
Este modelo é projetado para eliminar ou reduzir a quantidade de infraestrutura de TI interna e pessoal de apoio, consequentemente seus custos associados. Normalmente, é preferido por organizações com os requisitos legais e operacionais estritos. Por exemplo, as instituições financeiras e médicas são geralmente obrigadas a manter os dados dos clientes e registos no território geográfico do país de origem
Mas o modelo onshore de outsourcing de serviços de T.I. também é mais aceito por empresas que querem se sentir seguras sabendo que seus dados estão dentro do Brasil. Os benefícios, além de culturais, também abarcam particularidades como suporte (atendimento feito por brasileiros, o que facilita na comunicação) e também facilidades para pagamento na mesma moeda (sem oscilações de câmbio, o que diminui a flutuação de custo, por exemplo).
Offshore
Já, quando falamos em offshore, nos referimos ao processo de terceirização de serviços de T.I. na nuvem de um provedor originário de um país diferente e, muitas vezes, até em outro continente.
Geralmente, os fornecedores deste tipo de serviço estão alocados nos Estados Unidos, hoje o maior fornecedor de computação em nuvem do mundo.
Multinacionais com operações imensas de tecnologia podem optar por este modelos para, entre outras coisas, reduzir custos e ter a cobertura internacional dos serviços.
Os críticos do outsourcing offshore temem que se a T.I. é entregue a outros países, a tendência de internacionalização acabe por diminuir a empregabilidade dos profissionais nacionais e também que a segurança da informação pode estar ameaçada — não porque os provedores do exterior não sejam seguros, mas sim porque eles se submetem a outras legislações que podem se diferenciar da brasileira em diversos aspectos.
Benefícios do modelo onshore de outsourcing de serviços de T.I
Depois de ler esta comparação, talvez você esteja se perguntando: qual dos dois modelos é melhor? Aqui estão os diversos motivos pelos quais o modelo onshore oferece mais benefícios:
Proximidade física e cultural
O fornecedor no mesmo país está muito próximo fisicamente, o que facilita na hora de marcar reuniões presenciais. Além disso, culturalmente falando também há uma proximidade, e isso evita mal entendidos ou problemas de interpretação nas comunicações.
Fazer uma viagem para a Índia não é nem conveniente nem econômico, o que desencoraja a interação face a face que, embora não seja essencial em uma base diária, pode tornar-se crítica se um projeto começa a se desviar de seu curso. Não é verdade?
Domínio da legislação
Peguemos o recorte da propriedade intelectual. Muitos países no exterior — principalmente no Extremo Oriente — têm reputação de não observar plenamente as leis e legislação em matéria de proteção IP de direitos autorais. Esta é claramente uma preocupação quando se lida com qualquer informação proprietária; e é ampliada quando o IP gira em torno de competência central da empresa.
Logo, o modelo onshore também tem a facilidade de ser fácil de controlar a legislação, especialmente no Brasil onde todos os estados estão debaixo das mesmas leis federais. Qualquer mudança nas diretrizes jurídicas são facilmente absorvidas pelo provedor e, assim, evita-se problemas de transição ou má interpretação.
Estabilidade financeira do provedor
Não é muito comum acontecer, mas o provedor de serviços de T.I. na nuvem pode entrar em falência. Basta dar uma olhada na seção de notícias econômicas para ver que há movimentações e oscilações nas economias de diversos países.
Assim, quando se escolhe o modelo offshore de outsourcing, normalmente se opta por países que oferecem melhor custo (Índia, por exemplo), mas esta escolha pode se mostrar muito prejudicial em um momento de crise econômica do país onde o fornecedor está alocado.
Logo, trabalhar com um provedor dentro do Brasil também ajuda neste controle. Caso o provedor enfrente este tipo de dificuldade, transferir a infra para outro é mais rápido e seguro.
A escolha do modelo certo de outsourcing de serviços de T.I na nuvem é essencial para o sucesso
Como vimos ao longo deste artigo, há muitos benefícios no modelo onshore de outsourcing, especialmente para empresas que ainda não têm nenhum tipo de serviço de nuvem contratado. A proximidade do fornecedor e as facilidades de comunicação e transação financeira talvez sejam as maiores delas.
No entanto, há projetos e tipos de serviços que podem ser benéficos no modelo offshore, especialmente para empresas com operações grandes e unidades de negócio em diversos países.
O ideal é que o gestor de T.I. busque ajuda de uma empresa especializada para analisar qual dos dois modelos é mais aderente à realidade da sua empresa.
O que você achou? Qual dos dois modelos é melhor para o seu negócio: onshore ou offshore? Deixe seu comentário! Se preferir, faça contato conosco para tirar suas dúvidas!